*Atualização: Após a publicação do texto, o engenheiro Paulo Fagundes enviou contraponto à reportagem.
O deputado federal Lucas Redecker (PSDB/RS) pediu a inclusão de representantes das vítimas da Unick Forex e Indeal para participarem dos debates na Comissão Especial do Projeto de Lei 2.303/2015. O PL, de autoria do deputado Áureo Ribeiro (SD/RJ), trata sobre a regulação das criptomoedas no Brasil.
De acordo com o requerimento nº 01/2020, Redecker pede que sejam incluídos novos convidados na audiência pública destinada a debater os impactos e desafios da ausência de regulação do mercado de criptoativos no Brasil.
Os novos convidados indicados pelo deputado são os seguintes:
Joana Carolina Olivera Zwaig, presidente da Associação de Clientes Indeal (ASSIC); Juliano Botega, presidente da Associação dos Consumidores prejudicados pela Unick Forex.
Segundo o deputado, a inclusão dos representantes tem como propósito enriquecer o debate sobre o assunto.
Isso porque, segundo ele, os indicados têm enfrentado questões em torno dos supsotos golpes aplicados pelas duas empresas.
“Dessa forma, em virtude da importância do conhecimento da temática para construção de soluções, solicita-se o apoio dos nobres pares para aprovação deste requerimento”, argumentou Redecker.
Unick e Indeal
A Unick Forex e a Indeal atuaram de forma ilícita se aproveitando de investidores que apostaram em rendimentos com criptomoedas.
Acreditando em promessas de rendimentos fora da realidade no Brasil, muitos investiram tudo o que tinham com o sonho de ficarem ricos.
A Indeal assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação. Conforme a Polícia Federal, ela conseguiu ocultar R$ 600 milhões antes que os sócios fossem presos. No momento, todos respondem em liberdade.
Já a Unick dizia operar no mercado Forex e de Criptomoedas e prometia retornos de até 1,5% ao dia. Conforme a última denúncia do Ministério Público Federal, o prejuízo deixado aos clientes foi de R$ 11 bilhões.
Ambas empresas foram alvo da Polícia Federal no ano passado e várias pessoas das cúpulas foram presas. Dentre elas, Leidimar Lopes e Danter Silva, da Unick; e Paulo Henrique Godoi Fagundes, da Indeal.
Ao Portal do Bitcoin, Fagundes disse que nunca integrou a cúpula da InDeal. “Nunca fui sócio ou empregado, pois somente prestei serviços para tal empresa durante 5 meses na área de desenvolvimento de plataforma de blockchain, que nada tem a ver com investimentos ou captação de clientes”, afirmou.
No início do mês, Danter Silva e mais dois diretores da Unick Forex foram soltos após pagamento de R$ 200 mil de fiança e entrega de passaporte às autoridades.
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